Entrevista Con Bispo Darlan (Bispo da Catedral Mundial de Rio de Janeiro)


Quem o vê como bispo jamais imagina a vida conturbada que esse homem já passou. Traições no lar, dificuldades financeiras, alcoolismo e morte do pai fizeram parte da infância de Darlan Ávila (39), que morou em vários bairros do subúrbio carioca.

Filho único, se revoltou por ter perdido o pai e se envolveu com a marginalidade, até que foi jurado de morte. Depois de tanto sofrimento e sem acreditar que havia uma saída, foi convidado para um evento da IURD no Maracanã, ministrado pelo bispo Edir Macedo. Ele não sabia que a partir daquele momento sua vida teria um novo rumo: se tornaria bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, responsável pelo trabalho no estado Rio de Janeiro, onde tudo começou, e constituiria uma família feliz. Ele é casado com Sandra (35), há 16 anos e ambos ajudam a recuperar lares destruídos, como o próprio bispo Darlan teve no passado.

Fale um pouco da sua infância.

Vim de família católica, com uma infância de miséria e com problemas na família. Cresci num ambiente conturbado, vendo meus pais brigarem e muita traição por parte do meu pai.

Apesar dos problemas em casa, buscava algum refúgio para esquecê-los?
O futebol. Esse era o meu refúgio. Recordo-me de alguns momentos bons quando ia com meu pai assistir aos jogos e quando comecei a fazer testes em alguns clubes como Botafogo e Bangu. Esse era um dos momentos de alegria, quando eu conseguia esquecer um pouco do lar de miséria, brigas e discussões.

Em meio a essa situação, tinha cabeça para estudar?
Isso que era interessante, porque eu tirava boas notas. Nunca fui reprovado. Conseguia separar os problemas de casa e me concentrava nos ensinamentos dos professores. Carregava o seguinte lema: “Tenho que estudar para ser alguém na vida”.

As condições financeiras não eram boas, mas o senhor teve a oportunidade de estudar em colégio particular.

Estudei sim e me formei em técnico de química. Minha mãe pagava com muito sacrifício. Chegou inclusive a lavar roupa para fora com o falecimento do meu pai. Na escola tinha meu momento de refúgio, porque convivia com pessoas de outro nível social. Mas também presenciei o mundo das drogas.

O falecimento do seu pai foi o momento mais difícil de sua vida?


Sim. Eu tinha 13 anos. Ele conseguiu construir um comércio no bairro onde morávamos. A partir dali, as coisas começaram a melhorar. Entretanto, ele passou a se envolver com bebidas e, num acidente de carro, saindo de uma noitada, de sábado para domingo, recebemos a notícia de que ele tinha batido com o carro. Chegou vivo ao hospital Getúlio Vargas e fomos ao encontro dele: eu, minha mãe e parentes. Chegando ao local, ele já tinha falecido. A partir daquele momento, minha cabeça virou. Dali por diante começou o meu fundo de poço. Minha mãe ficou sozinha e meu tio assumiu o comércio. Mas acabamos falindo. Perdemos tudo. Chegamos à miséria total.

O que isso acarretou à sua vida?

Revolta. Me envolvi com más companhias e comecei a roubar. Lembro-me de que eu, um primo e um colega fomos assaltar uma menina embaixo da ponte de Coelho Neto (na zona norte carioca). Descobrimos que ela era mulher de traficante. Ele soube e nos jurou de morte. Nessa época, estava com 15 anos e tive a oportunidade de ser convidado para ir à Igreja. Eu estava muito mal.

Quem o levou para a Igreja Universal?

Havia alguns vizinhos que eram meus amigos – Edson, Marcelo e Robson, que hoje é bispo da IURD em Portugal. Mas a primeira vez que fui à Igreja foi num evento no Maracanã, no “Duelo dos Deuses”, com o bispo Macedo. Depois comecei a fazer corrente de libertação às sextas-feiras, na Abolição, mas não me firmei, só fui me batizar depois de 1 ano. Foi muito difícil o processo de conversão; ter de largar as amizades, o samba, o pagode. Até que um dia tomei a decisão de largar tudo.

E como foi essa decisão?

Tinha ido à igreja num domingo pela manhã. O bispo Macedo falou forte sobre a decisão de entregar a vida para Deus. Assisti àquela reunião e voltei para casa bem, porém, à noite, fui a um baile. Lá senti um vazio, uma angústia. Fiquei calado num canto. Vinham “amigos” oferecer bebidas e me chamavam para fazer besteiras, mas continuei no mesmo lugar, isolado. Foi ali que Deus falou comigo: “Isso aqui não é seu lugar. Tenho outra vida para você!” Saí daquele lugar de madrugada, sozinho, decidido a entregar a minha vida para Deus.

O processo de conversão até se tornar obreiro durou quanto tempo?

Durou pouco mais de 1 ano. Na verdade, eu não tinha vontade de fazer a Obra, pois o meu sonho era casar, ter filhos, construir uma família, ter uma vida estável. Mas quando tive um encontro com Deus, meus pensamentos mudaram. Passei a ter desejo de ajudar as pessoas, ganhar almas e ser útil para a obra de Deus.

Como foi o chamado para ser pastor?

Além de ser obreiro, eu fazia reuniões no Grupo Jovem e o trabalho desenvolveu. Mas eu achava que não tinha condições de ser pastor. Considerava-me tímido, introvertido. Até que um dia um pastor me deu uma oportunidade de fazer reuniões às segundas pela manhã na igreja da Abolição. Depois, passei a fazer aos sábados, às 15h. Deus abençoou e com 7 meses fui levantado a pastor pelo bispo Honorilton Gonçalves. Eu estava trabalhando por conta própria, mas larguei tudo.

Em que ano foi consagrado a bispo?

Aconteceu em São Paulo, em 1998. Fui consagrado pelo bispo Macedo. Ao mesmo tempo que foi marcante, a responsabilidade tornou-se muito maior.

Qual é a maior recompensa para um pastor?

Galardão no céu. É a coroa de ouro que nos espera no céu, porque não existe recompensa financeira para o pastor. A vida dele tem que ser de sacrifício, renúncia. Se o pastor entra na Obra almejando alguma posição, alguma glória para si ou algum patrimônio, então ele está equivocado.

O senhor falou sobre renúncia. E como fica a família nessas horas?

Hoje a minha família são os pastores. Mas é claro que considero minha mãe, meus parentes. A saudade em si existe, mas quem faz a obra de Deus tem que ter renúncia. É sacrifício, vocação.

Como conheceu a sua esposa?

Através de um pastor, que falou de seu caráter e que era obreira. Procurei saber se de fato ela tinha o chamado e se queria servir a Deus no altar. Então, conversamos. Posso dizer que foi amor à primeira vista. Graças a Deus deu tudo certo e vamos completar em agosto 16 anos de casados.


O que ela representa para o senhor?

Abaixo de Deus e da Obra, tudo.


O que gosta de fazer nas horas vagas?

Jogar futebol, estar com os pastores e ir ao cinema, quando dá. A nossa vida é muito restrita, principalmente quando estamos à frente de uma responsabilidade.

Torce para qual time?

Fluminense.
O que achou da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul?
Um fiasco. O povo brasileiro não estava muito confiante.

A IURD completou 33 anos. O senhor faz parte dessa obra e dessa história. O que isso representa na sua vida?

Eu sempre digo que não faço parte da Igreja Universal. Eu sou a Igreja Universal. Por ela eu dou minha vida, porque se não fosse essa porta aberta eu não seria o que sou. Quando cheguei, estava no lixo, destruído, não tinha família, não tinha nada. Costumo dizer que a Igreja Universal me ensinou a ser uma pessoa melhor, a ter educação, a melhorar minha personalidade, me deu uma família, me deu um lar, me deu tudo.

O que o bispo Edir Macedo representa para o senhor?

Um pai na fé, um líder, um exemplo, um referencial. Uma pessoa simples que dá a vida pelas pessoas que estão sofrendo. Eu sou testemunha ocular disso.

Gostaria de deixar alguma mensagem para o povo da IURD?
Não adianta conhecer o Senhor Jesus por informações, tem que ter o encontro real com Ele. Tem que ter o Espírito dEle, porque é isso que vai te sustentar ao longo dos anos. Se isso não acontecer, cedo ou tarde tudo se torna um vazio. Procure conhecer a Deus, ter experiência com Ele.



Agradecimientos ah nosso amigo anonimo (Exercito Universal)

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