Os Fariseus


O farisaísmo surgiu 200 anos antes da vinda do Senhor Jesus. Nascido de uma divergência entre um grupo do judaísmo, caracterizou-se pela observância exageradamente rigorosa do Pentateuco ou dos cinco livros de Moisés: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Com o passar do tempo, constatou-se que sua tentativa de praticar a lei mosaica sem o uso da inteligência era impraticável. Até porque a falta de equilíbrio acaba levando ao fanatismo e, consequentemente, à perda de sua espiritualidade. Já no tempo do Senhor Jesus, o farisaísmo se tornou sinônimo de hipocrisia, pois a maioria dos fariseus impunha regras e obrigações que eles mesmos não praticavam.
Na Sua maior revolta ministerial, o Senhor Jesus disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mateus 23.27,28)
Nesse discurso, podemos sentir a maior manifestação de revolta do Senhor jamais vista durante todo o Seu ministério, justamente contra pessoas religiosas. Significa dizer que Deus repudia o fingimento ou a hipocrisia muito mais do que qualquer outro tipo de pecado.
Sim, porque Ele não condenou as prostitutas, os ladrões, assassinos, adúlteros, mentirosos ou mesmo qualquer outro pecador em especial. Não! Mas exatamente aqueles que fingiam uma espiritualidade, santidade ou coisa parecida, mas que por dentro eram piores do que os que estavam assumindo publicamente o pecado.
Muitas vezes tenho perguntado ao Senhor: por que tantas pessoas que chegam até nós têm custado tanto a nascer do Espírito? Onde estamos errando? O que temos de falar para despertar nelas um verdadeiro interesse no novo nascimento? Não é do Senhor o maior interesse em fazer nascer de novo? E por que isso tem sido tão difícil ou tão raro? Ao mesmo tempo, desperta em mim aquela palavra do Senhor, dizendo: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” (Mateus 15.8)
Parece que a raiz desse problema, então, chama-se hipocrisia. Creio ser esta uma das razões de tantas pessoas ficarem tanto tempo na igreja e suas vidas não mudarem. Não é que Deus não queira operar nelas uma vida nova, mas é que elas não se têm rendido de todo o coração, mas apenas com restrições. Isso invalida suas orações, pois como pode o Espírito Santo penetrar num coração dividido?
É óbvio que nem todos os fariseus eram contra os ensinamentos do Senhor Jesus. Havia uns poucos sinceros, dentre os quais Nicodemos, por exemplo. Também o apóstolo Paulo era um fariseu sincero, e, apesar de ser um perseguidor implacável dos cristãos, mesmo assim o Senhor o salvou.
Mas o salvou por causa da sinceridade de seu coração. A cegueira de sua fé, somada com a sinceridade de coração, resultava numa atitude drástica contra os cristãos. O Senhor Jesus pôde operar na sua vida e salvá-lo por causa da sinceridade de coração.
Muitos crentes não têm visto a grandeza de Deus em suas vidas justamente por falta de um sentimento mais puro no coração: a sinceridade. Eles se preocupam tanto em não pecar, contudo, esquecem a pureza d’alma na sua comunhão com Deus. Participam da Santa Ceia, mas mantêm o coração magoado contra o irmão; oram, jejuam e leem a Bíblia com frequência, mas seus olhos são maus para com os demais.
E a verdade é que as promessas divinas são reais na nossa vida na mesma proporção em que é real a nossa prática dela: “Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele…” (2 Crônicas 16.9). Muita gente cristã nem desconfia de que o seu maior problema está dentro de si mesma: a hipocrisia.
Deus abençoe abundantemente,
Bispo Edir Macedo

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